– Nós sabemos que a solução desse problema vai muito mais além de uma ação conjunta. De a gente trabalhar junto com o pecuarista e o pecuarista com a indústria em uma relação de total confiança, buscando ganhar junto. Temos a missão de fazer o nosso produto valer mais, colocá-lo melhor no mercado, nos proteger de ataques que desestimulam o consumo que tentem barrar nossa produção. Então, é uma missão da cadeia como um todo e não só um ato isolado – afirma.
O plano, segundo Maia, é seguir o exemplo de ações que já existem em outros países, como os Estados Unidos, onde há um fundo unificado disponível para campanhas coletivas de marketing do setor. A cada bovino abatido, US$ 0,50 são destinados ao fundo. Com a verba arrecadada, são financiadas atividades que vão de pesquisa de mercado a intervenções práticas para aumentar o consumo de carne.
– A gente precisa entender qual será o perfil do consumo para os próximos anos e qual a demanda para a produção de carne. O Brasil precisa trabalhar junto para abrir o mercado e estimular o consumo. Se conseguirmos aumentar o consumo médio de cada brasileiro por ano, serão 200 toneladas a mais por ano. É algo realmente muito sensível, mas precisamos trabalhar a favor disso – explica.
Para o gerente executivo da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon),
Bruno Andrade, as atividades devem começar pela padronização das carcaças e depois ser ampliadas para o consumidor final.
– Antes de começar a falar de marketing da carne, a gente precisa estruturar um sistema nacional de tipificação de carcaça. Porque, quando tivermos esse programa andando de forma geral no Brasil todo, será possível qualificar o que é produzido nas fazendas e mostrar para a dona de casa e para a mídia como se consome os benefícios da carne, alavancar ainda mais o consumo – aponta.