De acordo com a pesquisadora Luciana Shiotsuki, o soro é um subproduto rico em proteína, muitas vezes descartado pela indústria leiteira, mas a sua utilização na dieta dos cordeiros pode reduzir os custos de produção.
– Esta proteína é fornecida para equinos, suínos e bovinos de leite mas poucos a utilizam para alimentação de ovinos – explica.
A inclusão de soro na dieta dos cordeiros participantes do 7º Teste de Desempenho de Ovinos Morada Nova, proposta pelo pesquisador Marcos Cláudio Pinheiro, tem demonstrado excelentes resultados. Os pesquisadores estão comparando os benefícios de se utilizar uma dieta à base de ração de milho, sorgo, ureia e feno de capim tifton – considerada cara para a região Nordeste – e os ganhos obtidos com a utilização do soro do leite de vaca.
Outro diferencial desse 7º Teste em relação aos anteriores é a realização do exame andrológico por meio da coleta de sêmen dos cordeiros. Ao final do teste, além do certificado avaliando o potencial de crescimento, o animal será certificado pelo seu potencial como reprodutor.
Este ano, além de criadores da região de Morada Nova, participam do Teste de Desempenho, que teve duração de 100 dias, criadores do baixo Jaguaribe, Sobral, Icó e Crato. Os 15 primeiros dias foram dedicados para adaptação dos animais, o restante do período foi a prova efetiva, em que os animais foram pesados a cada 15 dias. Os cordeiros foram confinados em quatro baias contendo de sete a oito animais, onde receberam alimentação três vezes ao dia, de acordo com o peso do lote.