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Sorologia para avaliar risco de aftosa em áreas restritas será concluída em outubro

Alagoas, Ceará, Maranhão, Piauí, Pernambuco e parte do centro-norte do Pará terão animais submetidos a examesO inquérito soroepidemiológico para avaliar o risco de febre aftosa em Alagoas, Ceará, Maranhão, Piauí, Pernambuco e parte do centro-norte do Pará deve ser concluído pelo Ministério da Agricultura em outubro. Os técnicos irão realizar cerca de 70 mil exames sorológicos nos animais para confirmar a ausência do vírus da aftosa na região.

O inquérito deve mostrar que existem condições para elevar o status da atual da região, que é de “risco médio para aftosa”, para “livre de aftosa com vacinação”. Hoje a maioria dos Estados do Centro-Sul tem esse status, sendo que Santa Catarina é o único com reconhecimento internacional de “área livre de aftosa sem vacinação”.

O coordenador do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa, Plínio Leite Lopes, explicou que durante o período de realização do inquérito haverá restrição ao trânsito de animais suscetíveis à aftosa (bovinos, suínos, caprinos e ovinos) e subprodutos como carnes e leite. Ao todo, serão montadas ao longo das fronteiras dos Estados 50 barreiras sanitárias, sendo 27 fixas e 23 móveis.

Plínio Lopes explicou que Rio Grande do Norte e Paraíba, que também são classificados como “risco médio”, estão fora da etapa atual de avaliação soroepidemiológica porque existem deficiências estruturais nos Estados. Ele disse que há um esforço da iniciativa privada dos dois Estados para que comecem a ser avaliados até o final de semana, pois sofrerão restrição no comércio com outros Estados.

O técnico afirmou que na venda ou transporte de animais para outros Estados, os criadores potiguares e paraibanos terão de colocar o gado em quarentena de 30 dias na origem e de 14 dias no destino, com acompanhamento da fiscalização sanitária. No caso do leite, será permitida a saída apenas do produto dos estabelecimentos que recebem inspeção federal.

Segundo Plínio Lopes, a definição da área de abrangência do inquérito sobre o vírus da aftosa levou em conta aspectos geográficos e o fato de ser passível de avaliação. Ele disse que, no caso de ser detectada a presença do vírus da aftosa em determinado Estado, toda a região permanecerá com o status atual de “risco médio”.

Caso os resultados sejam favoráveis à região, o Ministério da Agricultura encaminhará no próximo ano um relatório à Organização Mundial de Saúde Animal, que submeterá o trabalho a duas comissões e, em maio de 2014, levará para aprovação pela Assembleia Geral de todos os países membros.

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