A unificação amplia a área para venda dos produtos além dos limites municipais. A comercialização pode ser feita em todo o Brasil, mas antes de ingressar no Suasa é necessário criar um sistema de inspeção municipal e os produtores precisam investir nas propriedades.
? Hoje o pé direito tem três metros, pelo que eles estavam falando tem que ser cinco, a área construída hoje é de 98 metros quadrados e precisa passar de 200, precisa aumentar bastante e aí fica dificultando ? aponta o produtor rural Adriano Wunsch.
A Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag) acredita que com a adesão ao Suasa a renda dos pequenos agricultores poderia aumentar em pelo menos 30%, mas até agora o cenário não mudou.
? A estimativa registrou mais de sete mil agroindústrias no Estado e destas apenas 600 e poucas estão legalizadas. Com isso deixamos de arrecadar e também de fomentar as agroindústrias e fazer com que elas cresçam. Nós precisamos neste momento é que o Estado ajude a fomentar, os municípios ajudem a estruturar, se mostrem interessados e façam a sua parte.
De acordo com a Coordenadoria de Inspeção de Produtos de Origem Animal, apenas três municípios estão credenciados ao Suasa no Rio Grande do Sul e 34 passam por um processo de análise.
? Algumas agroindústrias municipais acabam nos procurando, mas elas não são autônomas para entrar no sistema, elas tem que fazer via município. Então, elas tem que procurar a secretaria da agricultura do seu município e a prefeitura fazer o pedido ao ministério da agricultura ? afirma a veterinária da Secretaria Estadual de Agricultura do Rio Grande do Sul, Ângela Antunes de Souza.
O Suasa surgiu em 2006 para aumentar a oferta de alimentos seguros e acabar com o comércio clandestino. Três anos depois, o Paraná foi o primeiro Estado a integrar o sistema. A defesa sanitária dos Estados passam a adotar os mesmos procedimentos de serviço da inspeção federal em etapas como abate, verificação da qualidade da matéria-prima e processos de estocagem.