Produtores argentinos e brasileiros ainda não chegaram a um consenso sobre os termos de um novo acordo. Enquanto o setor leiteiro argentino quer ampliar a cota, o brasileiro quer incluir outros produtos lácteos no compromisso, como o queijo.
Segundo o presidente da subcomissão, deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), a produção brasileira de leite poderá ser prejudicada se não for mantido um limite de importação.
? Hoje, temos mais de 15 mil toneladas em pedidos de importação protocolados no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Se não prorrogarmos o acordo que estabelece um limite de 3,3 mil toneladas por mês de leite em pó, neste mês de outubro, podemos ter 15 mil toneladas de leite em pó entrando no Brasil. Isso significa 150 milhões de litros de leite a mais sendo jogados dentro do mercado brasileiro. Isso desorganiza produção brasileira, que depois pode caminhar para a falência ? afirmou.
Domingos Sávio defende que as cotas também sejam estabelecidas para a importação de leite do Uruguai e do Chile. Segundo ele, há, inclusive, indícios de que os chilenos estejam repassando ao Brasil leite vindo da Nova Zelândia, em um processo de triangulação proibido pelos órgãos internacionais de regulação comercial.
A Subcomissão tem se reunido com os ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para tratar do assunto.