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Suíno nasce com dois sexos e surpreende produtor paulista

Você sabia que esse fenômeno é mais comum do que parece? Doutores da USP explicam como funciona o hermafroditismo em animais

suíno hermafrodita
Foto: Eduardo Bagdal/Arquivo pessoal

Um suíno recém-nascido se destacou em meio aos seus doze irmãos nesta terça-feira, dia 14. O filhote apresenta características dos dois sexos, fenômeno conhecido como hermafroditismo ou interssexualidade. O produtor Eduardo Bagdal, de Itaberá (SP), surpreendeu-se. “Foi meio espantoso, engraçado! A gente nunca tinha visto”, conta entre risos.

As fotos enviadas por WhatsApp pelo Eduardo foram repassadas a uma equipe de doutores em medicina veterinária da Universidade de São Paulo (USP). Eles explicam que isso ocorre devido a má-formação congênita — aquela que o indivíduo carrega desde o nascimento ou mesmo desde antes dele. “Esse defeito pode ser de origem cromossômica ou genética, e é possivelmente determinado por um gene autossômico recessivo”, apontam.

Animais intersexuados podem ser classificados como hermafroditas verdadeiros. Eles são indivíduos que possuem um testículo e um ovário ou um ovoteste, que contém tanto tecido testicular quanto ovariano. Já nos pseudo-hermafroditas, a genitália externa tem características ambíguas, mas ambos os órgãos são testículos ou ovários.

Segundo os especialistas, essa condição pode ocorrer espontaneamente em qualquer espécie, sendo encontrada com maior frequência nos suínos. “Embora haja relatos de leitões hermafroditas com desenvolvimento normal e saudável, as consequências dessa anomalia são a quase completa esterilidade e a condenação das carcaças no abate, devido ao odor e ‘sabor de macho’ presente na carne, podendo resultar em perdas econômicas”, dizem.

Foto: Eduardo Bagdal/Arquivo pessoal

Levando em consideração a presença de testículos no escroto, os doutores consideram a necessidade de castração para que o animal possa se desenvolver sem o odor. Cheio de bom humor, Eduardo ainda não decidiu o futuro do bichinho, mas considera deixá-lo viver pela “boniteza”.

Colaboraram os doutores André Furugen de Andrade e Simone Kitamura e a doutoranda Maitê Mendonça.

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