Segundo o presidente do INCS, Wolmir de Souza, a produção de suínos na região Oeste de Santa Catarina já é reconhecida pela qualidade e diferencial.
? Precisamos validar este diferencial para agregar valor ao produto ? diz Souza.
Existe uma série de exigências estabelecidas, que produtores e frigoríficos que tiverem interesse em fazer parte desde grupo precisam cumprir.
? Mas pela qualidade que já apresentamos, tanto na produção quanto na industrialização, dentro das normas de boas práticas de fabricação, sanidade e rastreabilidade, não será difícil alcançar esta certificação ? adianta.
Orientações
O pesquisador da Embrapa Agroindústria de Alimentos do Rio de Janeiro,
Murilo Freire Júnior, elencou durante o encontro, alguns princípios para iniciar o estudo da certificação, como conceitos técnicos de produção que o mercado requer, o consumidor precisa reconhecer o diferencial cultural, de qualidade e segurança alimentar que o produto oferece. Freire enumera ainda a sensibilidade e organização, a formação de um conselho regulador, criação de um regulamento interno de uso, definir a área geográfica de abrangência, criação de um selo e registrar este selo.
Para os produtores e frigoríficos, é preciso definir a importância sócio-econômica, o tamanho de mercado para este produto diferenciado, quem e quantos podem pagar pelo produto, o preço e o custo médio de produção. O pesquisador lembrou ainda que, no Brasil, são apenas seis produtos que receberam a certificação com o selo de origem, diversificado entre vinho, carne, couro, cachaça e frutas.
? Em Santa Catarina é o primeiro processo que está em andamento para buscar este diferencial ? afirmou.
Agregação de valor
O chefe adjunto de Comunicação e Negócios da Embrapa Suínos e Aves de
Concórdia, Gilberto Schmidt, diz que o sistema é uma forma de agregar valor e valorizar o produto que já é diferenciado pela qualidade. Ele conta que os primeiros passos são os mais difíceis e lentos, “que é a organização e entendimento de um objetivo comum em ter produtores e frigoríficos” alerta.
Schmidt adianta, porém, que antes disso tudo, o produtor precisa ter certeza de mercado e o frigorífico a segurança de que vai ter animais para abater.
Próximo passo
Ficou a cargo do INCS, a organização do próximo encontro que deve ocorrer no dia 8 de fevereiro. Para este dia, serão convidados todos os frigoríficos que estão em funcionamento nos 16 municípios do Alto Uruguai Catarinense.
? Neste dia vamos explicar todo este processo, o trabalho que teremos para encaminhar esta certificação e as vantagens que também teremos,
a partir daí, quem tiver interesse em continuar neste projeto será cadastrado e iremos fazer um trabalho mais especifico ? adianta Wolmir de Souza.
Os frigoríficos que entrarão no processo devem ter em mãos a relação dos suinocultores que fornecem matéria prima, para fazer um encontro especifico com este grupo em um segundo momento.