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Suinocultores ficam insatisfeitos com medidas anunciadas pelo governo

Presidente da Abipecs lembrou que o Brasil é um dos maiores produtores de carne suína do mundo e disse que isso exige uma atuação forte e eficiente do Poder PúblicoO ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, anunciou nesta quinta, dia 12, uma linha de crédito especial no valor de R$ 200 milhões para a aquisição de leitões ao preço de R$ 3,6 o quilo. Entretanto, esta e as outras medidas de socorro à suinocultura anunciadas pelo governo não foram recebidas com satisfação pelos produtores.

O presidente da Associação Brasileira de Criadores de Suínos, Marcelo Lopes, cobrou que seja estabelecido um preço mínimo para a carne suína.

– Tenho certeza de que o Ministério tem condições para isso e, se houver vontade política, seremos atendidos no dia de hoje. Em 2011, a suinocultura entrou em crise e, desde lá, não conseguimos sequer pagar o custo – disse, ao cobrar mais medidas do governo federal. A entidade promove nesta quinta uma série de atividades em Brasília em defesa de melhorias no setor.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Produtores e Exportadores de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, lembrou que o Brasil é um dos maiores produtores de carne suína em todo o mundo e disse que isso exige uma atuação forte e eficiente do Poder Público.

– Infelizmente, isso ainda não temos – avaliou.

Pouco antes do final da audiência pública, Mendes Ribeiro informou que vai receber as líderes do movimento de suinocultores durante a tarde no Ministério.

Criadores pedem mais investimentos
O suinocultor André Spironello, de Santa Catarina, disse que o preço da carne suína no Brasil é um problema que poderia ser solucionado se o governo, antes de procurar o mercado externo, investisse no interno. Segundo ele, isso ajudaria a reduzir a diferença entre o valor do produto vendido pelos suinocultores e o pago pelos consumidores:

– Hoje, o produtor está ganhando em torno de R$ 1,50 por quilo e no mercado está R$ 8,00 em média. Do produtor até o consumidor final, esse dinheiro está sumindo – avaliou.

Spironello é um dos criadores que se reuniram em Brasília para reivindicar melhores condições de produção. Durante a audiência no Senado, produtores e autoridades falaram sobre as dificuldades enfrentadas na criação de suínos – especialmente os gastos com milho e soja, principais grãos utilizados na ração.

Na opinião da produtora Mônica Rodrigues, de Goiás, uma alternativa seria cada criador produzir a ração dos seus animais, mas isso também traria custos.

– Para escapar um pouco da crise, a solução seria a gente mesmo plantar e colher. Mas tem a questão do adubo, a questão do agrotóxico – lembrou Mônica.

Ela ressaltou que esta não é a primeira vez que o governo faz promessas para ajudar os suinocultores, mas que os resultados não são vistos.

Já Vilibaldo Michels, de Santa Catarina, que já chegou a perder R$ 120 por suíno, disse que se as medidas apresentadas pelo governo não conseguirem solucionar a crise, alguns produtores serão obrigados a fechar suas granjas.

– Eu não vejo mais como pagar. Até esses dias, a gente pensava em uma prorrogação de dívida. Hoje já se pensa que, se perdoar a dívida, não adianta mais nada. Pode perdoar, porque nem a ração a gente consegue comprar – acrescenta.

Os suinocultores ficarão reunidos durante todo o dia.

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