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Suinocultura do Brasil pode se beneficiar com guerra comercial

O governo de Pequim anunciou que adotará tarifas na importação da proteína norte-americana

suínos na granja
Foto: Thiago Gomes/Susipe

A tensão comercial entre a China e os Estados Unidos deve pressionar o mercado global de carne suína no segundo semestre, avalia o banco holandês Rabobank, em relatório do setor referente ao terceiro trimestre, divulgado na sexta, dia 3. Os chineses anunciaram que adotarão tarifas na importação da proteína suína norte-americana e de outras commodities. O banco ainda acredita que o Brasil pode sair beneficiado, ante os conflitos externos.

“As novas medidas tarifárias sobre os produtos agrícolas colocarão uma grande pressão em vários mercados – principalmente EUA, China e México – embora a natureza da pressão dependa de cada posição comercial”, avalia o analista sênior de proteína animal, Chenjun Pan, em relatório. Além disso, o aumento da produção de carne suína em todo o mundo, durante o primeiro semestre, deverá continuar pesando sobre os preços da proteína nos seis últimos meses do ano.

Quanto ao Brasil, o Rabobank acredita que a indústria suína deverá melhorar o desempenho no segundo semestre de 2018, depois de passar por um primeiro semestre “difícil e desafiador”. Segundo o banco, as tensões comerciais em outras partes do mundo provavelmente beneficiarão o Brasil, oferecendo oportunidades para aumentar as exportações para mercados existentes e obter acesso a novos players.

O Rabobank também alerta para a ocorrência de febre suína africana (ASF, na sigla em inglês), patologia que está se espalhando na Europa. “A doença pode adicionar mais incerteza ao abastecimento e comércio. Mudanças nos preços dos alimentos em muitas regiões podem pressionar as margens”, informa o relatório.

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