O produtor Cornélio Van Han está na suinocultura há trinta anos. Desde 2007, ele vive o cenário de perdas no setor.
? Em 2007/2008 houve a crise econômica e, em 2009, a gripe suína, fatores que fizeram eles trabalharem no vermelho por todo este período ? avalia o suinocultor.
Os sinais de melhora vieram no início deste ano, e os resultados no último mês animaram os suinocultores.
Os leitões de Van Han têm 20 dias de vida e pesam cerca de seis quilos. Daqui a quatro meses, eles devem atingir cerca de 90 quilos, que é o tamanho ideal, para serem comercializados como carne resfriada.
O valor recebido ao produtor melhorou. Só em junho, o preço pago pelo suíno vivo aumentou em 5%, comparado ao mesmo período de 2009. O preço da carcaça comum subiu 3%.
Para o mercado externo, a suinocultura brasileira vende menos e fatura mais. O volume embarcado caiu 8,42%, de janeiro a junho, comparado com o mesmo período em 2009. Já a receita passou de US$ 583 milhões para US$ 661 milhões, alta de 13,42%. A queda na quantidade exportada pode estar associada à baixa demanda por parte de dois principais importadores.
? A Rússia está tentando se manter com a carne suína produzida no próprio país e deixando de importar do Brasil, mas eles devem voltar a comercializar ? diz o pesquisador de suínos e aves Matheus Scaglia de Almeida.
Quem aposta na carne suína espera um segundo semestre muito melhor.
? São boas as expectativas para o setor no próximo semestre ? conclui o suinocultor Van Han.