A Rússia ainda é o principal comprador de carne suína brasileira, mas a participação do país caiu no primeiro bimestre. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP), essa mudança se deve “à elevação das vendas para outros países, motivada pelo câmbio favorável às exportações”. Entre janeiro e fevereiro, o país adquiriu 36% das 96,8 mil toneladas de carne suína embarcadas pelo Brasil, considerando os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Nos dois primeiros meses de 2015, a participação russa nas exportações brasileiras era de 44,6%. Apesar de representar um porcentual menor dos embarques, o volume dos embarques aos portos russos cresceu 72,5%, para 34,9 mil toneladas neste ano.
Atrás da Rússia, os principais compradores da proteína brasileira são Hong Kong, com 28,5% do total embarcado pelo Brasil, Cingapura (7% do total) e Angola (5,4%). Os pesquisadores do Cepea atentam que “a China, que praticamente não importou a carne brasileira em 2015, vem adquirindo bons volumes neste ano – no primeiro bimestre, já se posicionou como a quinta maior compradora, representando 4,7% dos embarques”.
Enquanto isso, no mercado interno, da carne suína, as vendas no atacado caíram, dizem os pesquisadores do Cepea. Com a demanda menor de indústrias por animais e aumento da oferta, com suinocultores optando pelo abate antes do período ideal por causa do aumento dos preços de insumos, os preços do suíno vivo continuam caindo nas principais praças acompanhadas pelo Cepea.