A China informou que espera restaurar 80% de sua oferta doméstica de carne suína em aproximadamente um ano, até o fim de 2020, já que o avanço da peste suína africana (ASF, na sigla em inglês) continua prejudicando a indústria. O Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China estima que cerca de 40% do plantel de suínos do país foi dizimado pela doença.
O número de matrizes reprodutoras subiu 0,6% em outubro em relação ao mês anterior, aumentando pela primeira vez desde abril do ano passado, disse o diretor do Departamento de Pecuária e Veterinária do Ministério, Yang Zhenhai, em entrevista coletiva nesta sexta-feira. “É um sinal muito forte”, disse.
Contudo, ele afirmou que levará um certo tempo até que os consumidores percebam o aumento da oferta, porque é necessário um período de cerca de 10 meses para que os animais nasçam e atinjam idade de abate.
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As autoridades chinesas destacaram também que apesar de alguns sinais precoces de recuperação da produção, houve pouco progresso no desenvolvimento de uma vacina para combate do vírus. As instituições de pesquisa ainda estão realizando avaliações de biossegurança e nenhuma se candidatou a testes clínicos, disse Yang.
Segundo o diretor do Departamento de Pecuária e Veterinária do ministério, o governo chinês está oferecendo recompensas em dinheiro para os denunciantes que revelem surtos subnotificados.