Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Supermercadistas lamentam portaria que restringe entrada de carne com osso no Rio Grande do Sul

Representante do setor alega que medida pode prejudicar comércio de produtos como o frango e o leite em outros EstadosA decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul em manter a validade de portaria da Secretaria da Agricultura que condiciona o ingresso de carne com osso no Estado a uma autorização sanitária foi lamentada pelo setor varejista gaúcho. A Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) havia pedido a suspensão da portaria alegando danos aos estabelecimentos comerciais e aumento no custo de aquisição da mercadoria.

Mesmo assim, o presidente da Agas informa que a entidade não deve recorrer da decisão. Antônio Cesa Longo teme que outros Estados tomem a mesma medida em relação ao Rio Grande do Sul.

? A Associação dos Frigoríficos do Paraná já está questionando esta portaria. Nosso receio é este, de que outros Estados possam criar portarias restringindo o acesso do frango para o Estado de São Paulo, leite gaúcho para o Rio de Janeiro ? contesta.

? O preço da costela está mais caro. Na época, antes da portaria, estava sendo comercializado no Estado ao redor de R$ 9,50. Hoje já passa de R$ 11 o quilo da costela, em média, nos supermercados do Rio Grande do Sul. Então houve, efetivamente, uma alta. Claro que houve as questões de safra, mas independente disso, a portaria inibe esta concorrência que pode fazer com que a carne baixe de preço ? revela o gerente executivo da Agas, Francisco Schmidt.

A portaria exige que seja feito um pedido prévio para trazer a carne com osso de outras regiões do país, além de aumentar o número de inspeções do produto. A Procuradoria Geral do Estado, que analisou o pedido da Associação Gaúcha dos Supermercados (Agas), decidiu manter as exigências.

? A própria decisão reconhece que ela tem reflexos na macroeconomia do Estado do Rio Grande do Sul, que é um produtor de carne e que o setor primário tem uma participação muito importante no PIB. As consequências do deferimento desta liminar poderiam ser mais gravosas do que se fosse decidido em favor da Agas ? relata o procurador do Estado, Rodrigo Martins.

O rigor no controle da entrada de carne com osso foi um pedido de pecuaristas para defender o status de zona livre da febre aftosa com vacinação, já que o vírus da doença pode se alojar nos ossos dos animais.

? Não existe o porquê de trazer um desequilíbrio no processo produtivo de carne no Rio Grande do Sul, uma vez que está estabilizado, a população está tendo oferta de produto de primeira qualidade e com preços acessíveis. Então, não existe porque de criar a desorganização no que está andando direito ? afirma o presidente da Farsul, Carlos Sperotto.

A portaria 47/11, publicada no final de março, restringe a entrada de carne bovina e bubalina com osso no Estado. A alegação é para manter o Rio Grande do Sul com o reconhecimento internacional de área livre de febre aftosa.

Sair da versão mobile