O capim mombaça recebe, por ano, mil quilos de adubo e manejo rigoroso para ter folhagem na quantidade e qualidade ideal para alimentar o gado. São dois dias de pastejo em cada um dos 10 piquetes, com 18 dias de descanso. Tanta intensificação chamou a atenção de um dos maiores pecuaristas do Estado de Mato Grosso, Romão Ribeiro Flor. Ele quer aprender a produzir mais em menos espaço.
Mas mesmo com o capim tão bem manejado, o zootecnista Gustavo Reis e o pecuarista Sérgio de Paiva, responsáveis pelo sistema, usam também alimentação no cocho. A suplementação nas águas entra como estratégia de ajuste para manter o desenvolvimento dos animais e não comprometer a engorda total prevista para os 180 dias.
A formulação da ração varia de acordo com a categoria. Em média, cada animal recebe 1,8 quilo de suplemento por dia.
A quantidade de suplemento utilizado no cocho depende da oferta de matéria seca da pastagem. E essa informação sai do pasto. Um dia antes do gado entrar no piquete são colhidas amostras do capim para medir quanto tem de folhas em toda a área. São pequenos detalhes que fazem uma pecuária de precisão.
É uma simulação do que o animal vai comer. De cada piquete são colhidas amostras em três pontos diferentes, somando 3 metros quadrados em toda a área. Na sede da fazenda, o capim é pesado e depois fica cerca de duas horas em um aparelho para perder a umidade. Por esse processo a matéria seca da forragem é apurada.
Todo esse cuidado faz com que a suplementação nas águas sirva de ajuste para que os animais ganhem, em peso, cerca de 830 gramas por dia. E para que não haja desperdício.