• Pecuarista está pagando menos pelo superfosfato simples em 2014
Foi o que apontou o boletim Ativos da Pecuária de Leite, elaborado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Universidade de São Paulo (USP). Segundo o estudo, estes dois grupos foram os que mais contribuíram para a alta de 2,28% do Custo Operacional Efetivo (COE), que engloba os gastos do dia a dia nas propriedades.
O estudo mostra que, além da seca prolongada, que puxou o aumento da demanda pelos sais minerais, principalmente os proteinados, a taxa de câmbio também sustentou a alta de matérias-primas utilizadas na fabricação deste insumo, como o fosfato bicálcico, uma vez que grande parte desta substância é importada e suas cotações variam de acordo com o comportamento do dólar.
Em relação à mão de obra, a alta no ano é justificada pelo aumento do salário mínimo, não apenas em âmbito nacional, mas também em estados onde o piso supera o valor definido na esfera federal.
A mão de obra responde por 15,62% do COE, ficando atrás apenas dos concentrados, que representam 42% do COE, mas que este ano tiveram aumento em menor ritmo, com variação de 1,63% em 2014. A suplementação mineral, apesar de registrar a maior alta nos custos de produção, tem peso de apenas 3,1% no COE.
Desafios
De acordo com análise da CNA e do Cepea, um dos principais desafios do setor leiteiro é o aumento de produtividade, o que poderia contribuir para a redução dos custos com a mão de obra.
– No Brasil, na maioria dos casos, a pecuária leiteira ainda é praticada com baixa tecnificação. Com aumento dos investimentos conscientes, as despesas com mão de obra acabam sendo diluídas em função do aumento da produtividade – ressalta o estudo.