No Jockey Clube de São Paulo, animais estão com febre, tosse, secreção, membros posteriores inchados, falta de apetite e desânimo, sintomas parecidos com os da gripe equina. O criador e tratador de cavalos Estanislau Petrochinski afirma que dos 62 animais cuidados por ele, mais da metade está com os mesmos sintomas. O tratamento com antitérmico e vitamina C tem evitado infecções, que podem provocar a morte dos animais.
Petrochinski diz que houve falha do hipódromo, que permitiu a entrada, no dia 7 de março, de cavalos vindos de Curitiba (PR). Os animais saíram contaminados do Paraná e faltou controle na entrada em São Paulo.
A coordenadoria de Defesa Agropecuária de São Paulo confirma a suspeita dos casos de gripe equina. Seis cavalos foram isolados e encaminhados para quarentena, até que saia o resultado oficial dos exames. O tratador que desobedecer a medida pode ser multado em R$ 50 mil. Em função da suspeita, um leilão que seria realizado nessa quarta, dia 28, no Jockey Club de São Paulo foi adiado.
Mesmo que o Grande Prêmio de São Paulo seja realizado, os prejuízos são irreversíveis, revela Petrochinski. Um dos animais afetados pelo surto é o cavalo Veraneio, um dos favoritos ao Grande Prêmio e que vale US$ 800 mil. Mesmo que participe da corrida, o puro sangue inglês não deve estar em condições ideais para vencer a disputa e levar o prêmio de R$ 200 mil.
O coordenador do Departamento de Veterinária do Jockey, João Heckmaier, preferiu não falar sobre a suspeita de o vírus ter vindo do Paraná, mas disse que não houve falha no controle de entrada dos animais. Segundo ele, a situação está sobre controle e não houve até agora, nenhum caso oficialmente confirmado da gripe.