– Tenho esse assunto como resolvido. Temos conversado com país por país, mas temos procedimentos externos que precisam ser respeitados. Nós estamos fazendo contatos internacionais definitivos. O Brasil vai cumprir todo o mandamento que precisa ser cumprido e vai defender o que lhe pertence – garantiu nesta segunda, dia 7.
Mesmo sem dizer abertamente, Mendes Filho destacou a defesa do mercado interno como principal fator dos embargos à carne brasileira.
– É uma ação que países adotam como defesa, para público interno, depois fazem levantamento, comprovam que o Brasil está embasado e fazem a liberação. É só uma questão de tempo, é o jogo – explicou.
Nesse sentido, o ministro do Mapa ressaltou que o prejuízo do mercado brasileiro é inferior aos ganhos dos países que proibiram a entrada da carne brasileira.
– Não quero dizer se é isso ou aquilo, quero apenas dizer que eu acredito na defesa brasileira e que nós vamos fazer com que o assunto seja totalmente esclarecido a todo o mercado – garantiu.
O embargo começou há cerca de um mês, quando foi confirmado um caso não clássico de doença conhecida como mal da vaca louca ocorrido no Paraná, em 2010. Desde então, a importação de carne brasileira foi proibida na Arábia Saudita, Japão, China, África do Sul, Taiwan, Coreia do Sul, Jordânia, Líbano, Chile e Peru.
Especialistas avaliam que o consumo da carne bovina brasileira é de risco desprezível. De acordo com eles, a proibição do uso de rações de origem animal na alimentação dos bovinos brasileiros e o fato de não haver relato de novas suspeitas do mal da vaca louca desde a morte do animal no Paraná são fatores de segurança para o consumidor.