Pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Rio Grande do Sul, descobriram uma nova técnica de identificação do sexo de fetos equinos. Inédito, o estudo foi patenteado no Brasil e já encaminhado para reconhecimento internacional. Até o final do ano, deverá estar à disposição do mercado.
A ideia usada pelo grupo de pesquisa, liderado pelo doutor em biotecnologia Tiago Collares, foi aplicar uma técnica comum e já consolidada para seres humanos aos cavalos. Eles coletaram o sangue de éguas prenhes e no laboratório, por meio de DNA livre (são as descamações dos fetos, que vão se desprendendo e ficam separadas no sangue materno), conseguiram identificar com precisão se a cria nasceria macho ou fêmea.
– Essa técnica permite também informar sobre a alta performance dos animais. Com a raça PSI (puro sangue inglês, especial para corridas), será possível dizer, por exemplo, se a cria terá melhor desempenho na pista – diz Collares.
Para o estudo, foram utilizadas 160 éguas PSI, que tiveram o sangue coletado nos últimos três meses da gestação. O pesquisador garante, porém, que o resultado se aplica a qualquer raça de equinos.
A equipe trabalha agora em um projeto com a raça crioula, de identificação do sexo já no primeiro trimestre da gestação. Para a pesquisa, estão sendo usadas cem éguas.