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Temporada de expofeiras e remates de primavera no RS devem confirmar procura por touros de raças sintéticas

Touros angus e braford são a grande promessa das pistasO início da temporada de expofeiras e remates de primavera no Rio Grande do Sul promete confirmar o crescimento da procura e a valorização dos reprodutores de raças sintéticas. O movimento nas pistas, avaliam produtores e leiloeiros, tende a ser puxado pela busca de touros brangus por pecuaristas do Brasil Central e o crescimento do braford entre os criadores gaúchos.

Fruto da cruza entre o hereford, de origem britânica, e o zebu, o braford alcançou ano passado as melhores médias entre os touros durante os remates de primavera, conforme dados do Sindicato dos Leiloeiros Rurais do Estado (Sindler). O valor ficou em R$ 6.561, seguido pelo brangus, fusão obtida com animais da raça angus, que alcançou R$ 6.245.

Criador de braford em Bagé (RS), o produtor Gustavo Camponogara, que levará touros a remates da 99ª Expofeira do município, atribui o crescimento da raça à conjunção entre a rusticidade do sangue zebu e os atributos relacionados à qualidade da carne herdadas do hereford.

? A pecuária está cada vez mais competindo com a agricultura, que fica com terras mais nobres. Em campos mais marginais, o braford se sai melhor ? entende Camponogara.

O leiloeiro Marcelo Silva, da Trajano Silva Remates, compartilha da mesma opinião. Para ele, serão os sintéticos que, na batida do martelo, novamente puxarão os preços dos touros neste ano no Estado. No geral, aposta em preços cerca de 20% superiores a 2010, quando a média de todas as raças ficou em R$ 5.597. Silva comandou no último fim de semana um remate de brangus em Presidente Prudente (SP), e os 107 touros vendidos saíram a R$ 8,1 mil pela média.

? Faltou touro. Esse pessoal do Brasil central vem agora se abastecer no RS. E eles não vêm comprar poucos animais ? avisa Silva.

O ciclo de alta da pecuária, porém, garantirá valorização para todas as raças. O presidente do Sindler, Jarbas Knorr, avalia que as médias podem chegar a até R$ 8 mil. A projeção está baseada na alta dos terneiros do ano passado para cá, sempre uma referência pela relação de troca calculada pelos pecuaristas. Knorr lembra que, nas feiras de outono de 2010, os terneiros foram vendidos em média a R$ 2,99 o quilo vivo. Este ano, chegou a R$ 3,83. Na lógica da atividade, animais jovens valorizados significam ímpeto investidor para quem trabalha com gado de cria.

A 44ª Expofeira de Santa Maria (RS) terá seis remates de cabanhas de gado de corte e o presidente da associação rural do município, Antero Xavier, é outro que espera negócios com valores superiores ao ano passado pelo momento positivo da pecuária.

Além de fatores como o bom preço do boi gordo, colabora a farta oferta de recursos oferecidos pelos bancos.

? Hoje, o crédito com prazos longos e juros baixos também é um grande alavancador ? ressalta Xavier, outro adepto das virtudes do sintético e criador de brangus.

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