Temporada de leilões na fronteira gaúcha termina com chuva e liquidez nas fêmeas

Fim de semana foi marcado por três tradicionais remates, em Uruguaiana (RS) e Barra do Quaraí (RS)Os mais de 300 milímetros de chuva que caíram na fronteira-oeste do Rio Grande do Sul no fim de semana não foram suficientes para atrapalhar os negócios na região. Pelo contrário. As precipitações foram comemoradas pelos agropecuaristas, que sofreram com longo período de estiagem, e não afastaram o público dos remates realizados debaixo de mau tempo.

Na quinta-feira, dia 5, o remate Tellechea Associados e Convidados, em Uruguaiana (RS), faturou R$ 1,064 milhão. A comercialização totalizou 468 bovinos vendidos, entre touros e fêmeas das raças angus e brangus, além de dois cavalos crioulos. A chuva só impediu que 57 ventres saíssem da fazenda, devido à cheia no arroio Caiboaté, mas os animais foram à venda da mesma forma. O lote mais caro foi um touro red angus, de tatuagem 1117, arrematado pela Agropecuária Frank, de Londrina, por R$ 15 mil.

Mais chuva e agilidade na venda de fêmeas foram as marcas do 49º remate da São Bibiano, na sexta-feira, dia 6, em Uruguaiana (RS). Sob o comando do martelo de Fábio Crespo, pela Tellechea e Bastos, o remate vendeu a totalidade dos ventres, com média de R$ 1,6 mil. A comercialização de 217 fêmeas e 120 touros das raças angus e brangus, além de 26 crioulos arrecadou R$ 1,1 milhão. O animal mais caro foi uma potranca crioula, arrematada pela Cabanha Catanduva, de Cachoeira do Sul (RS), por R$ 17,5 mil.

O 53º Remate Anual da Cabanha Santo Ângelo, na tarde de sábado, dia 7, em Barra do Quaraí (RS), só confirmou a tendência de procura maior por fêmeas nos remates realizados nesta primavera na Fronteira gaúcha. Em menos de uma hora de leilão, saíram todos os 247 ventres da oferta. O mais antigo remate de gado do Brasil fechou a temporada de negócios na região com faturamento de R$ 1,333 milhão para 367 bovinos angus, brangus, hereford e braford, além de equinos Crioulos. Um touro braford, tatuagem 6227, foi o bovino mais caro. Saiu por R$ 13,5 mil, para a Agropecuária Sereno, de Santa Maria (RS). Já o equino de maior preço foi a égua Xucra do Mata-Olho, adquirida por Carlos Alberto Bastos, da Estância Itapitocai, de Uruguaiana (RS), por R$ 25 mil.