A tendência é de alta nos preços do boi e da carne bovina negociada no atacado, de acordo com a consultoria Cogo – Inteligência em Agronegócio. Em São Paulo, por exemplo, o preço médio do boi gordo acumula alta de 5,3% nos últimos 30 dias e forte alta nominal de 44,3% nos últimos 12 meses.
“A sustentação dos preços, mesmo com consumo interno enfraquecido, é justificada pela baixa oferta de bovinos e pela demanda aquecida da carne brasileira no mercado internacional”, diz.
No curto prazo, a oferta restrita de bovinos em todo o país se manterá como principal fator de sustentação do preço, com viés altista em alguns estados do Centro-Sul, onde os frigoríficos estão adquirindo bovinos, preferencialmente lotes que atendem à demanda internacional.
As exportações de carne bovina (in natura e processada) atingiram o recorde de 172,3 mil toneladas em junho, alta de 28% em relação ao mesmo mês do ano passado. No primeiro semestre de 2020, os embarques atingiram 909,7 mil toneladas, crescimento de 9% em relação ao mesmo período de 2019 (833,7 mil toneladas), com receita 26% maior, de US$ 3,1 bilhões no período.
O destaque nas exportações continua a ser a China, que respondeu por 57,0% das exportações brasileiras de carne bovina no primeiro semestre de 2020, ante 38,4% de participação no mesmo período do ano anterior, com o Egito na segunda posição, seguido, na ordem, pelo Chile, Rússia, Arábia Saudita e Estados Unidos.