Diferente das campanhas anteriores, esta etapa foi marcada pela prorrogação do prazo para a imunização dos animais, que tradicionalmente termina no dia 30 de novembro. Atendendo a um pedido dos pecuaristas, que encontraram dificuldades em proteger o rebanho debilitado por conta da estiagem prolongada, o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea-MT) concedeu quinze dias a mais para a realização dos trabalhos. De acordo com a coordenadora de febre aftosa da entidade, Daniela Soares de Almeida, o prazo adicional, encerrado nesta quarta, dia 15, foi suficiente para garantir a vacinação do rebanho superior a 27 milhões de bovinos.
? O prazo foi estendido após um pedido dos produtores, que foi analisado pelo Indea e enviado ao Ministério da Agricultura, que autorizou a prorrogação. Após a prorrogação, as chuvas retornaram, melhorando as pastagens e consequentemente o peso dos animais. Assim, os pecuaristas conseguiram vacinar o gado sem maiores problemas ? explica Daniela.
A coordenadora também alerta os pecuaristas sobre a necessidade de informar ao Instituto de Defesa Agropecuária os dados sobre a vacinação dos bovinos.
? É importante comunicar sobre a vacinação. Este comunicado é fundamental porque é repassado ao Mapa e depois acaba sendo informado a compradores potenciais da União Europeia, que sempre estão atentos aos números da campanha em MT ? diz Daniela.
Para os pecuaristas da região do Pantanal, o prazo para imunizar o gado também terminou nesta quarta. No entanto, estes produtores têm mais dois dias para fazer a comunicação oficial ao Indea. Os números finais desta etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa em Mato Grosso devem ser divulgados nas próximas semanas.
A estimativa da classe produtora é de que novamente o incide de cobertura vacinal comprove a conscientização e o empenho dos pecuaristas em manter o Estado livre da doença.
? Acredito que os pecuaristas mais uma vez cumpriram o dever e vacinaram mais de 99% do rebanho. Pode chegar a 99,7% do rebanho, mesmo índice atingido na última etapa ? afirma o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari.
O último caso de febre aftosa registrado em Mato Grosso aconteceu em 1996.
O pecuarista que não informar o Indea sobre a vacinação nos prazos estipulados sofrerá penalidades administrativas. Entre elas o impedimento de retirar, por um período mínimo de 30 dias, a guia de trânsito animal, documento necessário para a movimentação do rebanho.