Pecuária

Termografia pode ser uma boa alternativa para monitorar animais; entenda

A técnica, que não é invasiva, permite mapear um corpo ou uma região para distinguir áreas de diferentes temperaturas por meio da visualização artificial da luz dentro do espectro infravermelho

Foto: Embrapa

O uso da termografia infravermelha tem mostrado grande potencial e poderá ser ampliado nas pesquisas que avaliam o conforto térmico animal em sistemas integrados de produção. A técnica permite mapear um corpo ou uma região para distinguir áreas de diferentes temperaturas por meio da visualização artificial da luz dentro do espectro infravermelho. O método é considerado não invasivo, permite análises à distância, gera imagens bidimensionais, é portátil e permite o registro em vídeos.

No início do mês, o pesquisador Alexandre Rossetto Garcia, da Embrapa Pecuária Sudeste, apresentou a evolução do projeto Do Céu às Estrelas durante o Workshop “Compartilhando experiências” . O pesquisador mostrou os principais benefícios das sombras de árvores na fisiologia de bovinos de corte, além de imagens aéreas, de termografias e fotografias convencionais, com resultados parciais já obtidos.

Foram mostrados os principais benefícios das sombras das árvores na fisiologia de bovinos de corte, que permitem indicar a integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) como estratégia produtiva para melhorar o bem-estar animal e a produtividade.

O pesquisador mostrou com imagens aéreas, de termografias e fotografias convencionais, resultados parciais já obtidos. Apresentou o sistema de captação de dados por sensores instalados em colares em animais das raças Canchim e Nelore; os gráficos que identificam deslocamento, ócio e ruminação, obtidos a partir de mais de 41 mil horas de monitoramento; os trabalhos que estão avaliando as características do pelo e a estrutura morfológica da pele de bovinos; além de outros dados envolvendo os efeitos do sombreamento no conforto térmico dos animais.

De acordo com Rossetto, “embora as causas do desconforto térmico sejam diurnas, as consequências negativas também se manifestam no período noturno”.

Na Itália, o agrônomo Fabio Luzi e a física Veronica Redaelli relataram o uso do procedimento em pequenos animais, cavalos, répteis, primatas, suínos, aves e bovinos. A termografia também pode monitorar o ambiente, alimentação e transporte de animais. Mas o pesquisador Leonardo Nanni, da Universidade de Bolonha, acredita que a técnica vem ganhando espaço por ser efetiva e não invasiva.