No pesqueiro do piscicultor Fernando Passero, de Iperó (SP), a criação de tilápias tem dado um bom retorno. Para acompanhar a demanda aquecida pelo peixe, a produção cresce em 5% e 10% ao ano. A procura é tanta que o piscicultor está com um projeto para produzir cinco vezes mais em outra cidade do interior.
? Na verdade, a tilápia é um excelente pescado, de qualidade, que as pessoas não conheciam. Hoje já se sabe mais, que é um peixe criado em criatório, tem excelente qualidade. É um peixe rústico, que sobrevive a variações muito grandes de temperatura, de condições de água. Sobrevive com baixo teor de oxigênio, coisa que não ocorre com outras linhagens e enfim, um peixe de qualidade, saboroso e tem boa aceitação ? explica Passero.
A criação em tanques de rede facilita o manejo da tilápia. Como estão fechados, fica mais fácil controlar a alimentação e uniformizar o tamanho do pescado. Cerca de mil peixes rendem 750 quilos. A maior parte das vendas vai para o pesqueiro, mas os supermercados também recebem a produção. Com a proximidade da semana santa, a comercialização aumenta ainda mais. Nos últimos dois meses as vendas de Passero dobraram.
? Nós tivemos até que antecipar nosso padrão de venda aqui em um mês, pelo menos, para atender esta demanda, mas mantivemos o preço, porque o que interessa é o mercado e não o preço.
No mercado municipal de São Paulo, o comerciante Renato Batista explica porque a tilápia é uma alternativa boa e barata para quem não dispensa o pescado nesta época do ano.
? A tilápia, além de ter preço, tem qualidade. Os criadores reforçaram a criação. Foi investido em cima da tilápia. Hoje em dia a tilápia está com um preço popular, bom e barato. Quem não quer comer um bacalhau hoje, que está de R$ 25 a R$ 30, vai comer a tilápia, que está de R$ 10 a R$ 8.