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Trabalhadores argentinos protestam contra demissões em frigoríficos

Bloqueio de trabalhadores no Mercado de Liniers, em Buenos Aires, impede o acesso ao principal mercado de bovinos do paísUm bloqueio dos trabalhadores do setor de frigoríficos da Argentina, por tempo indeterminado, impede o acesso ao principal mercado de bovinos do país. Dos 51 caminhões que estão à espera para entrar no Mercado de Liniers, localizado no bairro de Mataderos, em Buenos Aires, apenas um entrou na manhã desta segunda, dia 12.

Cada caminhão está carregado com 34 bois gordos. Organizado pela Federação de Pessoal da Indústria da Carne e Derivados, o bloqueio começou ontem ao meio-dia em protesto contra as demissões em massa de trabalhadores dos frigoríficos.

O secretário geral da federação, Alberto Fantini, afirmou que 8 mil funcionários foram demitidos nos últimos dois anos, em consequência do fechamento de 10 frigoríficos, entre eles cinco da Swift Argentina, controlada pelo grupo brasileiro JBS Friboi.

O último foi a unidade de Venado Tuerto, onde trabalhavam 750 pessoas. Fantini afirmou que os 40 mil empregados dos frigoríficos espalhados pelo país correm risco de ficar desempregados, já que a crise do setor se prolonga e o governo “não dá resposta para a situação”.

A crise da indústria começou com as restrições às exportações em 2006 e se aprofundou com a seca de 2008/09. Com menor oferta de boi gordo, os preços ao consumidor dispararam e o governo decidiu apertar ainda mais o controle sobre as cotações e as exportações. Desde 2006, o rebanho bovino argentino encolheu em cerca de 11 milhões de cabeças.

– Alguém da indústria frigorífica tem de levar os trabalhadores em consideração. O preço da carne subiu nos últimos anos, mas não é nossa culpa. A responsabilidade é das políticas do setor que não dão resultados. Vamos ampliar os protestos se não houver uma resposta – afirmou Fantini.

A federação pede uma audiência com a presidente Cristina Kirchner, já que as “instâncias de diálogo não têm funcionado com outras autoridades do governo”.

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