A Agropecuária Estrela do Sul, de Maringá (PR), pagou R$ 400 mil por um exemplar da geração 2009/2010 que ainda irá escolher da Cabanha Santa Angélica, de Herval.
? É um recorde para um produto de oito meses de idade. Formamos um novo patamar de preço para a raça ? comemorou o leiloeiro Marcelo Silva, filho do fundador e grande homenageado na noite, Trajano Silva.
A média do remate que atraiu compradores do Mercosul para escolher entre lotes de 22 cabanhas foi de R$ 154,7 mil, resultado também histórico. A maior compradora foi a Cabanha Santa Marta, de São Borja, que desembolsou R$ 650 mil para escolher possíveis futuros campeões de três criatórios.
A nova fase de um dos principais escritórios de remates do país combina a tradição das pistas de terra e dos martelos de madeira com a crescente utilização da internet nos negócios. A empresa cinquentenária trabalha agora no desenvolvimento de tecnologias para acelerar os processos de pagamento, entrega de animais e difusão de informações sobre os lotes antes dos leilões.
Da terceira geração da família, o diretor administrativo Gonçalo Silva explica que o objetivo é dar mais agilidade a todas as etapas de compra e venda. Além de incrementar a disponibilidade de informações para os possíveis compradores por meio da internet, a ideia é criar sistemas que aproveitem a rede para facilitar os acertos pós-leilão.
Hoje um remate tem todos os contratos de compra assinados e entregas acertadas até 40 dias depois do evento na pista. É menos da metade do prazo tradicional, mas a meta é padronizar em cerca de 15 dias. O tempo em que um comprador dedica à confirmação dos contratos de compra ? que hoje, com a internet, varia entre três e sete minutos ? também pode baixar. Os avanços, no entanto, não ameaçam a manutenção dos remates presenciais, diz Gonçalo.
? Esse é um negócio que precisa do contato pessoal e da proximidade.