Com o aumento nos preços do suíno vivo e a queda nas cotações dos principais insumos utilizados na atividade, como milho e farelo de soja, o poder de compra de suinocultores paulistas e catarinenses vem aumentando neste mês de abril.
De acordo com Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), na média parcial do mês até o dia 24, com a venda de um quilo do animal vivo, foi possível ao produtor do Oeste Catarinense a aquisição de 6,89 quilos de milho ou de 3,43 quilos de farelo de soja, 8,3% e 4,2% respectivamente, a mais do que em março de 2019.
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Segundo o estudo, esta é a relação de troca mais favorável ao suinocultor da região desde novembro de 2017, quando a venda de um quilo do animal vivo possibilitava a compra de 7,22 quilos de milho ou de 3,55 quilos de farelo de soja.
Já o produtor paulista, por sua vez, consegue adquirir neste mês 7,15 quilos de milho ou 3,8 quilos de farelo de soja com a venda de um quilo de suíno vivo, o maior poder de compra desde janeiro de 2018, quando o quilo do suíno comprava 7,2 quilos de milho ou 3,82 quilos de farelo de soja.
Na parcial de abril, o suíno vivo registra média de R$ 4,01/kg na região catarinense, 2,8% acima da de março de 2019. Na região de SP-5, entre Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba, a média atual, de R$ 4,30/kg, supera em 2,1% a do mês anterior.
Ainda de acordo com colaboradores do Cepea, as valorizações do suíno vivo, em especial na região Sul, estão atreladas ao aumento da procura por parte de frigoríficos para atender contratos de exportação.