Ubabef cobra maior liberação de crédito para o setor avícola

Segundo presidente da entidade, empresas do setor enfrentam dificuldades para obter financiamentosO presidente executivo da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, criticou nesta quarta, dia 27, as regras impostas pelas instituições financeiras para a concessão de financiamentos ao setor avícola brasileiro. Turra diz que, de acordo com apresentação feita pelo Banco do Brasil em workshop realizado na Inglaterra, dos R$ 89,4 bilhões destinados pela instituição ao financiamento para o agronegócio, 1,3% foi destinado ao segmento.

– Temos empresas sólidas, comprometidas e altamente confiáveis, com resultados positivos, em atendimento a quaisquer requisitos e garantias necessárias para a concessão de crédito. O setor avícola precisa da mesma atenção que outros setores industriais brasileiros têm recebido para manter a competitividade e liderança no comércio internacional – afirma.

Ele acrescenta que as agroindústrias avícolas enfrentam dificuldades para a obtenção de financiamentos. E aponta que em outros países há abundância de crédito, até mesmo para atrair investimentos de empresas brasileiras. 

– Tivemos notícias de mercados, como a Índia, Rússia e Irã, que estão investindo na produção local. A Rússia, por exemplo, tem investido bilhões para superar nossa competitividade. Enquanto isso, ainda temos que batalhar pela liberação dos poucos recursos ofertados – reclama.

Segundo levantamento da Ubabef, a avicultura gera 1,3 milhão de postos de trabalho diretos e detém participação de 1,5% no Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Além disso, dados da entidade indicam que o segmento está entre os cinco itens que lideram a pauta exportadora do Brasil, com receita de US$ 8,8 bilhões.  

– A avicultura é fonte de empregos, renda e divisas para o país, sustenta cidades inteiras e auxilia na segurança alimentar brasileira. Não faz sentido reter crédito para um setor tão complexo e fundamental para a economia e a sociedade – pontua Turra.