“É difícil compreender por qual motivo os produtores sul-africanos insistem em tentar barrar a entrada de produtos avícolas de outros países. Conforme levantamentos que fizemos na época da aplicação de tarifas antidumping, mostramos que a avicultura local se desenvolveu mais com a presença brasileira. Não somos concorrentes, somos parceiros”, disse Turra na nota.
O presidente da Ubabef comentou ainda sobre a expectativa de o governo brasileiro agir.
“Nossa expectativa é por uma ação rápida e incisiva por parte do governo brasileiro, agindo da mesma forma contra os produtos que importamos. Não é possível nosso país agir de forma passiva diante deste quadro, especialmente por sermos um grande parceiro comercial da África do Sul, inclusive com a concessão de aeroportos”, completou Turra.
Histórico
Em fevereiro de 2012, o governo da África do Sul aplicou sobretaxas provisórias de dumping contra frango inteiro e cortes desossados provenientes do Brasil, com sobretaxas de 62,93% e 46,59%, respectivamente. Essas sobretaxas se somavam às tarifas normais de importação, que são de 5% para o frango inteiro e de 27% para os cortes desossados.
Em 22 de outubro do mesmo ano, a Comissão Internacional de Comércio da África do Sul (ITAC) encaminhou cartas ao setor avícola brasileiro, citando a existência de prática de dumping por parte do Brasil. À época, a Ubabef apontou às autoridades e ao mercado uma série de problemas no levantamento do ITAC.
O ministro de Comércio e Indústria do país, Rob Davies, informou que as recomendações do ITAC para a aplicação dos direitos antidumping sobre as exportações brasileiras de frango inteiro e cortes desossados de frango foram rejeitadas.