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Segundo a Ubabef, com base em dados de uma unidade com capacidade de abate anual de 51,6 milhões de cabeças de aves, 2,2% do total (ou 1,13 milhão de cabeças) foram condenadas parcialmente. Estimativas do setor indicam que metade desse volume é de condenação desnecessária. Extrapolando os dados para níveis nacionais, significa que 145,2 mil toneladas são desperdiçadas. O Brasil deve ter produzido cerca de 12,3 milhões de toneladas de carne de frango em 2013.
O grupo, portanto, deverá criar padrões nacionais de avaliação para, posteriormente, realizar treinamentos com os fiscais. A iniciativa terá a participação de membros da Ubabef, do Anffa Sindical e de representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
– Os desvios de condenação, que não têm qualquer impacto na saúde pública, são altos e com grande variação de critérios entre Estados, plantas ou mesmo turnos dentro de uma mesma empresa. Falta treinamento para a padronização desses critérios. São perdas econômicas severas, com carnes próprias para consumo sendo descartadas para graxaria – declarou Turra.
Ele ressaltou que as condenações de carcaças feitas nas linhas de produção brasileiras respeitam critérios que fogem de padrões científicos e sanitários, diferentes dos adotados em outros lugares como EUA, Canadá e países produtores da União Europeia.
Ainda segundo a Ubabef, a ação está alinhada com propostas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) para os países produtores avícolas latino-americanos, com o objetivo de se reduzir o desperdício de alimentos na avicultura do continente.