A desaceleração do ritmo na unidade tem relação com a interrupção do alojamento de animais, motivada pelo atraso de mais de 150 dias nos pagamentos aos produtores.
— O que sabemos é que serão dadas férias coletivas de 20 dias para cada turma de 350 pessoas. Nosso receio é de que a empresa diminua um turno, o que causaria demissões — diz João Marcelino da Rosa, coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Montenegro.
Desde o início da semana, 700 produtores que não estavam mais alojando suínos e aves para a Doux retomam gradualmente as atividades.
— Entregamos uma proposta pedindo que o último calendário de pagamento proposto fosse encurtado de março para fevereiro — explica Valdecir Folador, presidente da Associação de Criadores de Suínos do Estado.
Procurada para falar sobre as férias coletivas, a empresa limitou-se a reafirmar que as remessas feitas à matriz na França — motivo de denúncia — são regularmente efetuadas por meio do Banco Central do Brasil e registradas nos balanços oficiais.