A vacinação permite ao Brasil manter a condição de exportador e importador de carne e animais, além de manter-se livre da febre aftosa.
Segundo a coordenadora do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção de Febre Aftosa, Franciane Abrantes Assis, existem atualmente algumas suspeitas identificadas e notificadas que estão sendo investigadas pelo serviço veterinário de cada estado, mas há três anos não há casos da doença no país.
? Desde abril de 2006 que o Brasil não apresenta febre aftosa em seus rebanhos. Mas o trabalho de vigilância dos serviços veterinários estaduais está analisando alguns casos suspeitos em várias regiões do país ? disse Franciane Assis.
A meta para este ano é que a cobertura vacinal seja praticamente total em todo o território.
? O Brasil tem atingido índices de cobertura vacinal igual a 90% nos últimos anos. Isso permite uma cobertura imunitária do rebanho atingindo a meta esperada pelo programa ? ressalta Franciane.
De acordo com Franciane Assis, a vacina de febre aftosa é comprada e aplicada pelo próprio produtor.
? Essa forma de participação do produtor funciona muito bem no Brasil, e nós temos produtores hoje muito atuantes. Pois, a vacinação se tornou uma rotina no país. Então os produtores compram e aplicam, depois vão até os escritórios de serviços veterinários do Estado e comunicam a vacinação ? explica.
A fiscalização é feita pelos serviços veterinários estaduais, que supervisionam rotineiramente cada etapa da vacinação. Os agentes responsáveis checam as declarações entregues pelos produtores, caso seja encontrada alguma irregularidade o produtor pode ser penalizado com multa e pode inclusive ter a ficha que permite a movimentação de animais bloqueada. Cada Estado estipula o valor da multa que será cobrado.
A primeira etapa de imunização ocorre no Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Tocantins, Distrito Federal, em Goiás, Minas Gerais, Rondônia, Sergipe e na Bahia. No Espírito Santo, Paraná, em São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul serão imunizados apenas os bovinos e búfalos com até 24 meses de idade.
Até o final do ano, a meta é aplicar cerca de 400 milhões de doses de vacinas nas duas etapas de vacinação.