Vacinação contra febre aftosa pode ser antecipada em Mato Grosso do Sul, diz ministro da Agricultura

Mendes Ribeiro afirma que governo vai enviar mais técnicos para averiguar a situação na regiãoO ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, afirmou nesta segunda, dia 26, que mais técnicos serão enviados para a região de fronteira entre o Mato Grosso do Sul e o Paraguai para avaliar as condições do controle de trânsito de animais na região. Segundo a edição do Estado de São Paulo desse domingo, dia 25, bovinos circulam sem fiscalização na área de influência do foco de febre aftosa notificado pelo Paraguai.

De acordo com o ministro, se depender da situação na área, o governo pode antecipar a segunda fase de vacinação contra a febre aftosa.

? As imagens (do jornal) passam uma situação que sabemos poder existir. Estamos mandando mais técnicos para lá para saber se podemos antecipar a segunda fase da vacinação ? disse Mendes Ribeiro após participar da reunião do Conselho Superior do Agronegócio (COSAG) na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista.

Apesar da preocupação com a região de fronteira, Mendes Ribeiro reiterou que o governo brasileiro tem tudo sob controle.

? Estabelecemos ações conjuntas com os Estados de fronteira e pedimos a prorrogação da operação Ágata da Polícia Federal para não corrermos nenhum risco ? afirmou o ministro.

O secretário executivo do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz, disse que a situação é preocupante, mas que o governo não está “amedrontado”. Ele também afirmou que o Paraguai está adotando as medidas cabíveis para conter o foco de febre aftosa, com o abate dos animais contaminados. A respeito dos eventuais problemas na região entre Mato Grosso do Sul e Paraguai, Vaz disse que “aquela região é daquele jeito, sempre foi, e sempre conseguimos monitorar.”

A área mostrada na reportagem do Estado de São Paulo é uma região declarada zona de alta vigilância pelo governo brasileiro. É a mesma em que, há cinco anos, um surto de aftosa obrigou o abate de 35 mil animais, a interdição de mais de três mil propriedades rurais e deixou um prejuízo superior a R$ 1 bilhão.

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