Só no primeiro semestre deste ano já foram registrados 42 focos de raiva animal, apenas 20 a menos que o contabilizado em todo o ano passado. Hoje a maioria dos casos está concentrada nos municípios de Pontes e Lacerda, Jaurú e na região do Vale do Araguaia onde foram identificados focos da doença em Ribeirão Cascalheira, Barra do Garças e Querência.
De acordo com o Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), até o final do mês de maio a doença provocou a morte de 78 bovinos nas regiões atingidas, mas a raiva não afeta apenas o gado. Outros 20 animais, entre equinos, suínos e ovinos também morreram.
Para tentar conter o avanço da doença o Indea adotou algumas estratégias, entre elas a de fechar o cerco contra o morcego hematófago, transmissor da raiva animal.
? Em Pontes e Lacerda o foco foi praticamente debelado. Em Ribeirão Cascalheira, mais de 110 mil cabeças foram vacinadas, 300 propriedades foram notificadas a vacinar os animais. Já em Barra do Garças a captura dos morcegos foi reforçada ? informa a coordenadora do Indea de Mato Grosso, Daniella Soares de Almeida Bueno.
Outra medida em estudo é a possibilidade de tornar a vacinação contra a raiva obrigatória nestas regiões. Hoje os pecuaristas só são obrigados a vacinar o gado contra a febre aftosa e brucelose.
? Esta é uma das alternativas. Estamos fazendo um estudo epidemiológico para ver se realmente teremos esta ação. Esta questão de colocar obrigatória é emergencial. Hoje não temos ampla incidência no Estado todo, vamos agir apenas nas regiões focais ? explica Daniella