Quem vê os competidores nas vaquejadas nem imagina os desafios que estes vaqueiros passam para chegar aos locais das competições. O circuito envolve provas que acontecem em municípios afastados dos grandes centros e, com isso, traz grandes dificuldades em termos de hospedagem.
A equipe do Canal Rural foi até a cidade de Bezerros, no interior de Pernambuco, para acompanhar a vida de quem depende da vaquejada e conhecer os caminhões que transportam os cavalos e servem também como casa para os competidores. Na prova que acompanhamos, foram mais de 300 veículos estacionados.
Acomodações
Os animais são transportados na parte traseira do caminhão e, quando os competidores chegam ao local, os animais saem e o espaço acaba virando um quarto. Em um caminhão que abriga três cavalos, por exemplos, são colocadas duas camas para os funcionários e uma porta dá acesso à cozinha do caminhão – com fogão, geladeira e pia – e outro dormitório.
Existe caminhão que possui até suíte, com banheiro (com chuveiro), ar-condicionado, televisão e cama de casal. A estrutura ajuda Rose Marie Maia, esposa de um dos competidores, e que está há um mês fora de casa acompanhando o marido em todas as competições. Para ela, o conforto do caminhão não é trocado por nenhum hotel.
“A gente já se adaptou. Como tem uma cozinha, quarto, banheiro e ar-condicionado, então não faz diferença nenhuma e aqui a gente está com o povo e todo mundo se conhece. É muito bom”, disse.
O marido de Rose Marie, José Iran da Silva, concorda com a esposa e reforça que a vida do competidor é ficar junto dos animais. “A gente tem que estar no evento toda hora. O vaqueiro que é vaqueiro tem que estar no evento, onde é o trabalho dele”, disse.