Vários detalhes são importantes para um cavalo fazer bonito na pista de competição da Exposição Nacional do mangalarga marchador. Antes de chegar ao nível profissional, são meses e até anos de treinamento para atingir o alto nível exigido nas provas e, para ser um futuro campeão, o cavalo precisa ter uma alimentação específica.
Assim como acontece com outras criações de animais, no caso dos equinos também houve aumento do custo da ração. O zootecnista Sigismundo Fassbender calcula que, em 2016, a alta é de aproximadamente 30%. Mas, para o criador de magalarga marchador Maurício Zacarias Constâncio, o gasto com a alimentação dos cavalos subiu ainda mais. “Eu arrisco a dizer que chegou a dobrar. Se a gente levar em consideração o ano anterior, posso dizer que dobrou”, falou.
A ração de cavalo usa milho, farelo de soja e farelo de trigo, produtos que influenciaram no preço do composto, impactando diretamente a criação. Uma dica pra diminuir a despesa é investir em forragem, com a produção de capim na propriedade mesmo. “Mas, para animais de alta performance como estes que participam da exposição, é mais difícil reduzir este custo”, disse Fassbender.
A solução encontrada por Zacarias, no entanto, foi usar a propriedade para produzir alguns dos componentes da ração. “A gente que trabalha com um cavalo de alta performance não pode nem cogitar uma substituição de ração. A nossa dica é tentar produzir o máximo em casa, pois tendo terra e condições para produzir em casa, talvez seja a melhor dica possível. Você mantém a qualidade e sabe a procedência do produto que vai ofertar, ao mesmo tempo reduz um pouco os custos.”