O mercado de sêmen bovino cresceu 7,6% no primeiro semestre deste ano em relação a igual período de 2016, informou nesta quinta, dia 21, em nota, a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia). O percentual considera sêmen de bovinos de corte e leiteiros. Conforme o relatório Asbia Index 2017, o grande destaque no período ficou com a pecuária de leite, que teve, isoladamente, um salto de 24,8% nas vendas.
Já a pecuária de corte recuou 3,4% – em função, conforme a Asbia, de vários acontecimentos este ano, como a Operação Carne Fraca, volta do Funrural, crise política envolvendo a JBS e consequentes quedas no preço da arroba.
O diretor da Asbia Márcio Nery disse que a partir desses dados a associação estima que de 12% a 15% das matrizes brasileiras sejam inseminadas. “É um número que infelizmente está parado nos últimos anos, barrando a evolução do rebanho nacional”, diz.
Em relação ao salto no leite, Nery disse que, sem dúvida, a recuperação do preço de leite e a estabilidade dos custos de produção em patamares menores interferiram nos resultados. “Demonstra claramente uma recuperação, mas este crescimento ainda não é suficiente. Estamos nos mesmos níveis de utilização da tecnologia de 2013/2014”, informa.
Os principais Estados compradores de sêmen leiteiro foram Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. Já para no sêmen de corte lideram Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com mais de 33% das aquisições.
Exportações
As exportações de sêmen bovino do Brasil avançaram 60,4%, somando mais de 162 mil doses no primeiro semestre deste ano, ante 101 mil no primeiro semestre de 2016, informou a Asbia. “Destaque para o avanço na área de corte, onde os principais destinos da genética brasileira foram Bolívia e Paraguai. Já Colômbia e Equador se destacaram como importadores de sêmen das raças leiteiras”, disse a nota. “Estamos evoluindo em termos de segurança das centrais e de protocolos sanitários”, avalia o diretor da ABS ao justificar o crescimento das vendas externas.