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Vendas de carne suína devem crescer 12% em dezembro

Consumidor não deixou de lado o principal ingrediente da ceia de RéveillonAs vendas de carne suína devem registrar um crescimento de 12% no mês de dezembro. O dado é da Associação Brasileira dos Criadores. Depois de um ano difícil por causa da crise e da gripe A, a festa de Ano Novo vai ser farta na mesa do brasileiro e no bolso do produtor.

O preço dos principais cortes de carne suína no varejo de São Paulo subiu, em média, R$ 2 por quilo de novembro para cá. O consumidor não deixou de lado o principal ingrediente da ceia de Réveillon.

? É tradição sempre no Natal e Ano Novo. O pessoal gosta do pernil, então a gente tem que levar o pernil ? disse a doméstica Severina Falcão.

Pernil, lombinho, costela: os cortes suínos fazem tanto sucesso que chegam até a movimentar os empregos.

? Durante o ano eu vou dando férias para nesta época do ano estar todo mundo dentro da loja. Fora isso, eu aumento em dois ou três o número de funcionários ? conta José Gaspar, proprietário de uma loja de carnes.

Nas bancas do Mercado Municipal de São Paulo, o movimento é intenso. As vendas de carne suína passam de dois mil para 12 mil quilos por dia na semana entre o Natal e o Ano Novo. Um volume seis vezes maior do que em períodos comuns do ano. O aumento do consumo na cidade é sentido no campo pelo produtor da proteína.

As vendas do suinocultor Geraldo Salaroli cresceram 50% em dezembro. O suinocultor de Bragança Paulista, no interior de São Paulo, costuma entregar 400 leitões por mês nos abatedouros da região. Porém, com as festas de fim de ano o número sobe para 600. O produtor antecipa as vendas dos animais mais novos com boa saída nesta época.

? Nós antecipamos as vendas de janeiro para dezembro devido à procura ? diz o criador.

Com uma demanda maior pela carne suína, os preços subiram também para o produtor. De acordo com levantamento do Cepea, na semana do dia 22, a cotação do animal vivo teve valorização de 7,3% em São Paulo. Salaroli, que chegou a receber R$ 1,80 pelo produto no período mais crítico deste ano, agora consegue vender por R$ 2,70 o quilo. Mas apesar dos preços em alta e das vendas maiores, o setor não deve se recuperar dos impactos da crise financeira e da gripe A, que diminuíram o consumo em 2009.

? A maioria dos produtores está endividado e, se em 2010 não houver uma recuperação, vão largar a atividade com dívidas ? explica Salaroli.

No cardápio da virada, não vai faltar a carne suína, símbolo de prosperidade e fartura. E para 2010, aí vão os pedidos.

? Muita saúde para todo mundo que é o principal ? deseja a empresária Maria de Lourdes.

? Uma recuperação nos preços para que possamos nos manter na atividade ? completa Geraldo Salaroli.

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