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Vendas de carne suína no mercado interno estão aquecidas em dezembro

Alto poder aquisitivo da população, investimentos em marketing e embargo russo às carnes brasileiras impulsionam o setorAs vendas de suínos no mercado interno cresceram em dezembro na comparação com o ano passado. Além disso, toda a cadeia está recebendo mais pelo produto. Segundo especialistas, isso ocorre em função da alta no poder aquisitivo do brasileiro, dos investimentos em marketing e do embargo da Rússia aos frigoríficos brasileiros.

Em um frigorífico localizado em Boituva, no interior de São Paulo, o volume de vendas da carne suína cresceu 18% em relação ao mês passado. Os preços também registraram alta, em média de 10% a 12%. A arroba está sendo comercializada a R$60. Na comparação com dezembro de 2010, os números também são favoráveis: o abate aumentou 6%, e o preço, 7%.

O diretor da empresa, Luiz Fernando Sebastiani, destaca o aumento nas vendas:

– Hoje nós abatemos, em média, cinco mil suínos por mês O poder aquisitivo da população está muito saudável. Por outro lado, a oferta nos últimos dois anos tem diminuído. O suíno passou uma fase com preço baixo que não estava remunerando o produtor, e este ano começou a melhorar. Associado a este aumento na demanda, nós conseguimos preços bem razoáveis. Hoje, a criação de suínos não mais dando prejuízo – afirma Sebastiani.

O aumento da produção nos frigoríficos pode ser percebido também nos açougues. Um deles, localizado no Mercado Municipal de São Paulo, vende oito mil quilos de carne suína por dia. O proprietário, Sílvio Oliveira, comemora:

– Em dezembro, o público mais que triplica e vira uma febre atrás do produto fresquinho. A procura por suíno aumenta a cada ano, o consumidor brasileiro vem dando preferência para o produto. Ele sobe de 6% a 8% ao ano. A carne tem mais qualidade e mais opções de corte – diz Oliveira

O presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul, Waldecir Folador, confirma o crescimento da demanda no mercado interno. Entre 2009 e 2010, uma pessoa consumia 14 quilos por ano. Em 2011, ultrapassou os 15 quilos. Além disso, ele aponta o marketing como elemento essencial para este crescimento.

– Nós trabalhamos para mostrar ao consumidor brasileiro que a carne suína é produto nobre e saudável – afirma o presidente.

Segundo Folador, outro motivo que alavanca as vendas internas é o embargo russo à carne brasileira, que já dura mais de seis meses.

– O embargo fez com que nós tivéssemos uma disponibilidade um pouco maior de carne suína no mercado interno. A produção cresce em torno de 4% a 5% ao ano. Um maior volume de carne suína no mercado interno e a concorrência com a carne bovina e a carne de frango, que tiveram reajustes de preços, também foram fatores que ajudaram no aumento desse consumo. O consumidor procura produtos mais baratos, e a carne suína esteve mais em conta neste ano – aponta Folador.

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