O pecuarista João José Ribeiro, de Palmas, Tocantins, busca entender melhor o “mal do caruara” ou “mal da junta inchada”, uma condição que afeta bezerros nos primeiros dias a até 30 dias de vida, deixando-os com as pernas fracas e dificultando seus movimentos.
Essa foi uma das reportagens mais lidas do Giro do Boi, projeto de Pecuária do Canal Rural.
Em resposta, o médico-veterinário e consultor Guilherme Vieira esclarece as causas e os tratamentos eficazes para essa condição. Assista ao vídeo abaixo e confira:
Vieira identifica duas causas principais do “mal do caruara”. A primeira é a má colostragem, que ocorre quando os bezerros não recebem adequadamente o colostro – um leite rico em nutrientes e anticorpos crucial nas primeiras 72 horas de vida.
A segunda causa é a poliartrite infecciosa, que se desencadeia a partir de um umbigo mal cicatrizado. Esta condição permite que bactérias entrem na corrente sanguínea e se alojem nas articulações, causando dores, febres e juntas inchadas, conhecidas como “da junta inchada”.
Tratamento e prevenção do “mal do caruara”
O tratamento envolve uma intervenção veterinária de confiança, utilizando antibióticos e anti-inflamatórios específicos.
É fundamental prevenir, garantindo que os bezerros mamem colostro imediatamente após o nascimento e cuidando bem do umbigo com tintura de iodo a 10%, além da aplicação de doramectina no primeiro dia de vida.
Pasto maternidade na fazenda
Vieira recomenda o uso de um pasto maternidade, onde as vacas, 30 a 40 dias antes do parto, são mantidas com seus bezerros.
Isso facilita a supervisão dos bezerros pelos colaboradores, permitindo intervenções rápidas em caso de complicações. Além disso, ajuda a garantir que os tratamentos necessários sejam administrados em um ambiente seguro e controlado.
Ao seguir essas orientações, os produtores podem proteger seus rebanhos contra o “mal do caruara”, assegurando a saúde e o desenvolvimento adequado dos bezerros.
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