O zootecnista Alexandre Zadra, especialista em genética e cruzamento industrial de bovinos, respondeu à pergunta do pecuarista da região de Buenópolis, no norte de Minas Gerais, Vitor Antunes.
Ele questionou se o cruzamento de fêmeas guzonel com touros angus PO seria uma boa escolha para sua propriedade. Esta foi a reportagem de Pecuária mais lida durante a semana.
Assista ao vídeo abaixo para conferir a resposta:
Alexandre Zadra destacou a qualidade das matrizes guzonel, que resultam do cruzamento entre guzerá e nelore. Essas fêmeas são conhecidas por sua habilidade materna e boa estrutura, o que contribui para um ótimo rendimento de carcaça nos filhotes. Segundo Zadra, as matrizes guzonel combinam a habilidade materna do guzerá com a robustez do Nelore, resultando em uma matriz de alta qualidade.
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Touros adaptáveis
Ele também ressaltou a importância da heterose, que é o fenômeno em que a prole de raças distintas apresenta características superiores à média dos pais. O cruzamento de guzonel com angus, uma raça de menor porte e mais precoce, resulta em filhos adaptáveis, especialmente adequados para regiões tropicais como o norte de Minas Gerais.
“Quando se cruzam duas raças diferentes, o que se busca é a heterose, onde os filhos apresentam características superiores à média dos pais”, explica Alexandre Zadra.
Além disso, Zadra recomendou a inseminação artificial com sêmen angus em vez de manter touros PO da raça na propriedade. Ele acredita que a inseminação oferece maior produtividade e controle sobre a qualidade genética dos animais.
Qual a conclusão?
Com base na análise, a combinação de fêmeas guzonel com touros angus PO surge como uma opção promissora para pecuaristas da região de Buenópolis.
O cruzamento promove heterose, resulta em filhotes adaptáveis e de alta qualidade, e a inseminação artificial proporciona maior controle e segurança genética para o rebanho.