O volume de carne bovina in natura exportada no mês passado foi o mais baixo desde abril de 2012. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o cenário pode estar atrelado às especulações sobre a operação Carne Fraca e ao maior preço da carne por tonelada em dólar, o que torna o produto brasileiro menos competitivo no mercado internacional.
Segundo dados da Secex, os embarques de carne bovina totalizaram 70,2 mil toneladas em abril, recuo de 28,5% na comparação com março e de 18,2% frente a abril de 2016. No mercado doméstico, o ritmo de negócios está lento, e os preços da arroba do boi têm registrado pequenas oscilações neste início de mês.
O Indicador do boi gordo Esalq/BM&FBovespa fechou a R$ 137,50 nessa quarta-feira, dia 10, queda de 0,92% frente à quarta-feira anterior. Apesar de a oferta de bezerros, de animais para abate e de carne com osso não estar significativa, a demanda por esses produtos também está lenta, cenário que mantém os valores praticamente estáveis.
Melhora à vista
Algumas consultorias, no entanto, prevêem melhora. Segundo boletim da Scot Consultoria divulgado nesta quinta, dia 11, com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, na primeira semana de maio o Brasil exportou 18,5 mil toneladas de carne bovina in natura, com faturamento total de US$77,1 milhões.
Caso o ritmo das exportações continue, até o final do mês, o volume de carne bovina in natura deverá ser de 101,2 mil toneladas, o que representará uma alta de 0,2% em relação ao mesmo período de 2016.