Três palestras irão compor o painel: Avanços tecnológicos para a produção de leite na China, ministrada pelo vice-presidente da Associação de Lácteos da China, Gu Jicheng; Produção de Leite no Brasil: Avanços e Desafios dos Produtores de Leite, ministrada pelo sócio-diretor do Agripoint, e Produção de Leite na China: Avanços e Desafios dos Produtores de Leite, ministrada pelo gerente geral da Companhia de Laticínios Shen Yang Cia. Ltda, Mu Hairi. Segundo os organizadores, este é um dos painéis mais aguardados do Workshop.
Há grande interesse do setor, no Brasil, em conhecer o funcionamento da pecuária de leite chinesa. Em 2010, o país foi o maior importador de leite em pó do mundo. Segundo o professor e diretor-geral do Instituto de Ciência Animal da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas, Jia-Qi Wang, em 2010 o país foi o responsável por manter o equilíbrio do mercado internacional.
Conforme o chefe geral da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Gado de Leite, Duarte Vilela, o consumo de produtos lácteos na China deverá crescer novamente acima de 8% em 2011. Para um país cujo consumo no ano passado foi de cerca de 41 bilhões de litros (37 bilhões produzidos no próprio país mais 4,2 bilhões de litros importados), este crescimento significa um adicional acima de 3,2 bilhões de litros a atual demanda.
? A crescente demanda por produtos lácteos é o resultado do enriquecimento da população e de um marketing eficiente ? diz Vilela.
Desde 2005 o Brasil vem negociando a abertura do mercado chinês para o leite e derivados. As negociações estão bem adiantadas, contudo ainda precisam vencer algumas barreiras não tarifárias.
? Se outras cadeias produtivas conseguiram conquistar aquele importante mercado, a cadeia do leite também pode. Basta demonstrarmos, com habilidade, o nosso potencial e a qualidade de nossos produtos ? acredita.