A chamada PEC da Transição, que pode liberar recursos além do teto de gastos para o futuro governo administrar programas sociais, deverá ser aprovado sem maiores problemas no Senado Federal. Na Câmara dos Deputados, porém, a situação deverá ser outra. Ao menos é o que avalia o comentarista Alexandre Garcia, do Canal Rural.
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Em comentário gravado originalmente para a edição desta terça-feira (6) do telejornal ‘Mercado & Companhia’, Garcia avaliou que a proposta conta com “clima favorável”, tanto na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, quanto no plenário da Casa. Nesse sentido, ele observou que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já marcou a votação para esta quarta-feira (7) — nesta terça, o assunto pauta reunião da CCJ, presidida por Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
PEC da Transição na Câmara, segundo Alexandre Garcia
Já na Casa legislativa presidida por Arthur Lira (PP-AL), que ao ver de Garcia deverá ser reeleito, a aprovação da PEC não pode ser dada como certa desde já. Na visão dele, o deputado pode segurar por mais alguns dias (até o fim do ano) a apreciação do projeto defendido publicamente pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Na Câmara vai ser mais difícil. Serão necessários 308 votos dos 513 deputados, 60%, em duas votações”, afirmou o comentarista do Canal Rural. “E por que será mais difícil? Porque Lira, pelo acordo entre os partidos, será reeleito presidente da Câmara. E ele não vai querer entregar tudo de bandeja para o novo governo”, avaliou o jornalista.
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