O presidente da República, Jair Bolsonaro, ignorou os interesses empresariais do bilionário Elon Musk e afirmou nesta sexta-feira (20), após se encontrar com o dono da Tesla e da Starlink, que a visita do empresário é de cortesia, e não de negócios.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deu aval à Starlink para operar satélites de órbita baixa no Brasil, mas a operação ainda não foi iniciada.
Além de Bolsonaro, Musk esteve com o ministro das Comunicações, Fábio Faria, e com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.
Bolsonaro ainda renovou afagos ao bilionário. “O que mais nos chamou a atenção foi sua preocupação com a Amazônia de verdade”, declarou o presidente, que chamou Musk de “mito da liberdade”.
“Tanto é que quando você comprou o Twitter muita gente aqui no Brasil foi como se fosse um grito de independência”, acrescentou.
“Nosso governo trabalhará para encarnar o seu espírito, da importância da liberdade de todos nós.”
Simpatizante do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, Musk fechou um acordo para adquirir o Twitter em uma transação avaliada em US$ 44 bilhões.
A operação, contudo, está suspensa. Musk já disse que reativará a conta de Trump no Twitter se obtiver o controle da plataforma.
Bolsonaro, que foi eleito com forte presença nas redes sociais em 2018, ainda disse que a “liberdade simbolizada pelo telefone celular” não pode ser calada e reiterou sua admiração pelo povo norte-americano. “Queremos democracia, queremos a liberdade, o respeito”, ressaltou ainda o presidente.
Elon Musk
O bilionário Elon Musk anunciou que os satélites Starlink levarão internet para 19 mil escolas em áreas rurais na Amazônia.
Além disso, os equipamentos espaciais devem realizar monitoramento na região amazônica.
O dono da Tesla e SpaceX chegou a dizer em suas redes sociais que estava “super animado por estar no Brasil”.
Na quinta-feira (19), o ministro Fábio Faria disse que o governo fará uma reunião para debater sobre os “marcos regulatórios, regulação na Amazônia e conectividade nas escolas”.
De acordo com ele, o objetivo da pasta é “conectar 100% das escolas até o final do ano e fazer com que a tecnologia ajude na preservação da Amazônia”.