BANCADA DO AGRONEGÓCIO

'Burburinho', diz presidente da FPA sobre acordo para aprovar reforma tributária em troca de vetos do marco temporal

Em relação aos recursos para o seguro da safra atual, Pedro Lupion ressaltou que não recebeu nenhum tipo de contato do governo

presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), STF
Foto: Divulgação

Durante reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), nesta terça-feira (07), o presidente da bancada, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), negou qualquer negociação com governo federal a respeito dos vetos do PL 2903/2023, que trata do marco temporal de demarcação de terras indígenas.

Lupion classificou como ‘burburinho’ a declaração de Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, que afirmou que a inclusão do marco temporal na pauta do Congresso tem o objetivo de facilitar a aprovação das mudanças no sistema tributário, atendendo a um pedido da bancada ruralista.

O presidente da FPA disse que a história ‘não faz sentido’.

“O momento de negociação deveria ter sido feito antes de votação, de decisão judicial, aí teríamos diálogo. Não vamos fazer troca de projetos por aprovação. Quem faz a pauta é o presidente do Congresso e os líderes partidários. Esse tipo de proposta não existe e jamais vai acontecer”, disse.

Para Lupion, mesmo que ainda existam reuniões até quinta-feira (9), data marcada para a análise dos vetos, a bancada não vai aceitar a ausência do marco temporal. “Não acontecerá Sessão sem pautar o veto 30, que trata do marco temporal. É de interesse de muitos e já comuniquei isso aos líderes na Câmara e no Senado”, afirmou.

Seguro Rural

Em relação aos recursos para o seguro da safra atual, Pedro Lupion ressaltou que não recebeu nenhum tipo de contato do governo. A notícia, segundo ele, é que o grupo gestor do Ministério da Agricultura, responsável pela avaliação dos recursos, não deu respostas.

“O silêncio para mim é uma resposta de que não vai acontecer absolutamente nada. O que nos tinha sido prometido dos R$ 2,5 bilhões, eram R$ 500 milhões na semana passada, que foram negados. Não existe qualquer garantia, portanto, de que esse dinheiro vai surgir”.