A produção agrícola do Brasil deve crescer 8,3% na safra 2024/25, atingindo 322,4 milhões de toneladas, um recorde histórico, conforme estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Para dar conta da distribuição logística dessa quantidade de grãos, o governo federal lançou na última quarta-feira (5) um plano para reforçar a infraestrutura portuária, rodoviária e ferroviária do país.
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Assim, serão investidos R$ 7,15 bilhões em medidasque visam fortalecer a competitividade do Brasil no mercado agrícola internacional. As obras estarão integradas ao Novo PAC e as melhorias estarão concentradas no Arco Norte e no Corredor Sul e Sudeste.
Para a assessora técnica da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) Elisangela Pereira Lopes, o privilégio que o país tem dado historicamente ao transporte rodoviário encarece os custos logísticos.
“Quando se pensa em um planejamento mais voltado para aumentar a oferta de rios navegáveis no país para o transporte de cargas e também para aumentar a oferta
de linhas férreas destinadas ao agronegócio, isso induz em uma redução expressiva do custo de transporte”.
Elisangela listou as ações prioritários para a CNA, como os corredores de exportação:
- A conclusão dos 33 km da BR 163 que conecta Santarém a Miritituba, ambos no Pará;
- Atenção à BR 242 que conecta o oeste da Bahia aos portos de Salvador;
- O corredor da BR 158, que liga Mato Grosso ao Pará;
“Também temos a Ferrogrão que, embora não tenha sido mencionada no plano do governo, temos uma expectativa otimista de que esse projeto saia do papel ainda este ano”.