A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) pediu o apoio de deputados e senadores ligados ao agronegócio para que atuem junto ao governo federal no sentido de revogar a isenção tarifária para importação do queijo muçarela de fora do Mercosul.
Em março, o governo Bolsonaro zerou o imposto de importação do etanol e de seis produtos da cesta básica para tentar conter a inflação, entre eles os queijos.
Segundo o governo, o impacto para os cofres públicos é calculado em R$ 1 bilhão por ano.
Além do queijo, a medida alcança café, margarina, macarrão, açúcar e óleo de soja e vale até o fim deste ano. Segundo o Ministério da Economia, são itens que registram crescimento de preços acima da média nos últimos 12 meses.
Segundo o assessor técnico da Comissão de Pecuária de Leite da CNA, Guilherme Dias, a retirada da alíquota de 28% da Tarifa Externa Comum (TEC) prejudica o setor no Brasil.
“É uma ameaça ao setor leiteiro diante da crise vivida do momento. O produtor enfrenta custos elevados e a demanda está estagnada. Sem falar na concorrência injusta, inoportuna e desleal que nossos produtores teriam com países de fora do Mercosul que aplicam subsídios pesados”, explicou.
A CNA afirma que tem atuado em conjunto com os setores industrial e cooperativista somando esforços para reverter a decisão.
Em março, mandou ofício aos Ministérios da Agricultura e da Economia, alertando para o agravamento da crise vivida pelo setor lácteo com esta medida e, desde então, também tem apresentado argumentos para propor o fim da isenção junto ao Poder Executivo.