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Política

Como fica a relação política entre Brasil e EUA após posse de Biden?

Segundo cientista político, Brasil deve mudar tom e se adaptar ao estilo de governo do novo presidente dos EUA

Joe Biden assumiu nesta quarta-feira, 20,  como o 46º presidente dos Estados Unidos em uma cerimônia com limitações provocadas pela pandemia de covid-19 e com forte esquema de segurança, após o ataque ao Capitólio no início do mês. A chapa democrata composta por ele a vice-presidente, Kamala Harris, obteve os votos de 306 delegados contra 232 de Donald Trump.

O evento marca uma nova era para a principal economia do mundo, que enfrenta desafios com os casos crescentes de Covid-19 e controle de gastos. Segundo o cientista político da Tendências Consultoria, Biden terá um longo trabalho para reconstruir as relações internacionais após a passagem de Donald Trump.

“Biden terá uma difícil tarefa para reconstrução das estratégias do governo Trump na política internacional, que é onde o presidente tem maior poder de decisão, no comparativo com as políticas internas. Das principais mudanças, cito que Biden deve investir no peso das instituições multilaterais, como OMS, OMC, inclusive para lidar com a China, o maior rival norte-americano neste momento”, disse.

Segundo ele, a competição com os asiáticos deve continuar, mas de uma maneira  mais organizada e não com tantos embates e provocações.

Em relação ao Brasil, ele avalia que o maior trabalho será por parte do nosso governo. “A política internacional do Brasil sempre foi muito alinhada à figura de Donald Trump. Essa política externa terá dificuldade para criar uma agenda positiva onde Biden vai rivalizar as atividades multilaterais. O tema ambiental será um tema de tensão, especialmente se o governo brasileiro não alterar as bases da política externa”, explicou.

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