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Eleições 2022: Entenda os impactos no cenário político no segundo turno

Especialista cita o bom desempenho de Bolsonaro no primeiro turno, aponta polarização na disputa e prevê dificuldades na relação com o centrão

A eleição presidencial brasileira será decidida em um segundo turno entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com os dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Lula recebeu 56,8 milhões votos, cerca de 48,2% do total, enquanto Bolsonaro recebeu 50,9 milhões de votos – número que representa 43,3% do total de votos válidos.

O cientista político e Professor do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper)Leandro Consentino  analisou os impactos desse cenário. De acordo com ele, esse resultado significa uma polarização na disputa.

“No caso do ex-presidente Lula isso já se registrava esse porcentual nas pesquisas, e talvez a única surpresa para ele foi não ter ganhado no segundo turno. Já o caso do presidente Jair Bolsonaro mostra uma força que muita gente ainda não compreendeu. Ele conseguiu muito mais pontos do que era indicado nas pesquisas”, analisa.

Terceira via

Em terceiro lugar ficou Simone Tebet (MDB) com 4,16%, logo em seguida Ciro Gomes (PDT) com 3,04%. Para o professor, esses números significam uma dificuldade da terceira via para emplacar a polarização.

“A terceira via mostra um esgotamento desse campo. O centro democrático mostrou uma dificuldade muito grande para emplacar uma terceira via”, completa.

Com a terceira via fora do segundo turno, candidatos terão que conquistar os votos desses eleitores. “Isso é importante para as duas candidaturas, como conquistar os eleitores de terceira via. Outro desafio é convencer eleitores que votaram nulos e branco escolherem um lado.”

Congresso Nacional

O próximo presidente da República poderá encontrar dificuldade em relação ao Congresso Nacional. Com o número maior de parlamentares do centrão, o próximo presidente eleito terá que investir em alianças.

“A gente tem aí um centrão muito fortalecido. E esse vai ser um desafio para os dois candidatos. Um centrão é mais conservador, talvez o Bolsonaro consiga se desenvolver melhor. Já o Lula terá que se esforçar um pouco mais para fechar essas alianças”, conclui Leandro.

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